16 de outubro de 2009

Baú do Malu 12


Gedeone Malagola, mestre dos quadrinhos falecido no ano passado, foi citado no Baú 10 e eu precisava resgastar esta capa com a sua assinatura, feita para a revista Raio Negro nº 12 de 1968 ( Editora GEP). O super-herói, brasileiro da gema, veio à luz graças a cabeça criativa de Gedeone, num período em que vários outros personagens superpoderosos invadiram as bancas brasileiras. Já houvera um impulso anterior, quando o Capitão 7 bombou na TV na virada dos 50 e virou gibi pelas mãos de Jayme Cortez na Editora Continental, mas foi a partir do sucesso do lançamento das revistinhas de super-heróis da Ebal, vendidas somente nos postos Shell em 1967,que outras editoras resolveram lançar heróis também. Uma delas foi a GEP, do incansável Miguel Penteado, que apresentou a revista Raio Negro ainda em 1966, com os personagens Raio Negro e Hydroman em desenhos de Akimoto e roteiro e arte-final de Gedeone.
Só uma curiosidade: Gedeone Malagola, que já vinha escrevendo e criando desde a década de 40, fez parte da equipe de roteiristas do Capitão 7 no início da década. Sua relação com os uniformizados portanto, já vinha de longe.
Lá no alto, além da histórica capa, fiz questão de incluir uma página interna com o vilão Op-Art, na verdade uma auto-caricatura do autor. Op-Art, diminutivo de Optical Art, um subgênero na arte moderna, também remete à "trapo", lido ao contrário. Gedeone Malagola era um sujeito ágil mesmo....
Para saber mais sobre heróis Shell, heróis brasileiros e Gedeone Malagola:

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